Tecnologia carioca para restauração
Tecnologia carioca para restauração
Aparelho que usa raios-X, desenvolvido por engenheira no Rio, é capaz de detectar época de obras, cores originais e até falsificações
Rio - Investigar o passado de obras de arte sacra e descobrir técnicas e materiais utilizados pelos autores para resgatar sua originalidade sempre foi um desafio para restauradores. A tecnologia ajudou pesquisadora da Coordenadoria de Pós-Graduação de Pesquisa em Engenharia (Coppe), da UFRJ, a desenvolver equipamento que facilita o trabalho desses profissionais e melhora a qualidade das restaurações.
Aluna de doutorado do Programa de Engenharia Nuclear, Cristiane Calza criou sistema portátil de fluorescência de raios X. Com ele, o restaurador identifica a época em que a obra foi feita e as cores usadas pelo artista. Também é possível revelar a existência de retoques feitos recentemente e até descobrir falsificações.
Outra vantagem é a praticidade. “Grande parte das técnicas usadas no Brasil e no exterior exige envio da obra a laboratórios ou locais específicos para análise. Isso, muitas vezes, inviabiliza o trabalho, seja no caso de um quadro de grandes dimensões ou alto valor artístico-cultural que precisaria de esquema especial de segurança e transporte”, explica Cristiane, que consumiu 4 anos em pesquisas para desenvolver o equipamento e o apresentou na tese de doutorado, em 2007.
O sistema foi usado pela primeira vez no ano anterior. Cristiane atuou na restauração do famoso quadro ‘Primeira Missa no Brasil’, de Victor Meirelles, em exposição no Museu Nacional de Belas Artes, Centro, e avaliada em R$ 6 milhões. Outra peça que passou pelo crivo do sistema portátil de restauração foi a imagem de São Sebastião do Rio de Janeiro, considerada a segunda obra de arte sacra mais antiga do País. Ela foi trazida de Portugal em 1567 e está desde 1842 na Igreja da Ordem dos Frades Capuchinhos, na Tijuca.
A pesquisadora também aplicou a técnica no teto do Theatro Municipal e no altar do Convento de Santo Antônio. O equipamento permite analisar amostras biológicas, ambientais e minerais, identificando procedência e período de artefatos arqueológicos.
Aparelho que usa raios-X, desenvolvido por engenheira no Rio, é capaz de detectar época de obras, cores originais e até falsificações
Rio - Investigar o passado de obras de arte sacra e descobrir técnicas e materiais utilizados pelos autores para resgatar sua originalidade sempre foi um desafio para restauradores. A tecnologia ajudou pesquisadora da Coordenadoria de Pós-Graduação de Pesquisa em Engenharia (Coppe), da UFRJ, a desenvolver equipamento que facilita o trabalho desses profissionais e melhora a qualidade das restaurações.
Aluna de doutorado do Programa de Engenharia Nuclear, Cristiane Calza criou sistema portátil de fluorescência de raios X. Com ele, o restaurador identifica a época em que a obra foi feita e as cores usadas pelo artista. Também é possível revelar a existência de retoques feitos recentemente e até descobrir falsificações.
Outra vantagem é a praticidade. “Grande parte das técnicas usadas no Brasil e no exterior exige envio da obra a laboratórios ou locais específicos para análise. Isso, muitas vezes, inviabiliza o trabalho, seja no caso de um quadro de grandes dimensões ou alto valor artístico-cultural que precisaria de esquema especial de segurança e transporte”, explica Cristiane, que consumiu 4 anos em pesquisas para desenvolver o equipamento e o apresentou na tese de doutorado, em 2007.
O sistema foi usado pela primeira vez no ano anterior. Cristiane atuou na restauração do famoso quadro ‘Primeira Missa no Brasil’, de Victor Meirelles, em exposição no Museu Nacional de Belas Artes, Centro, e avaliada em R$ 6 milhões. Outra peça que passou pelo crivo do sistema portátil de restauração foi a imagem de São Sebastião do Rio de Janeiro, considerada a segunda obra de arte sacra mais antiga do País. Ela foi trazida de Portugal em 1567 e está desde 1842 na Igreja da Ordem dos Frades Capuchinhos, na Tijuca.
A pesquisadora também aplicou a técnica no teto do Theatro Municipal e no altar do Convento de Santo Antônio. O equipamento permite analisar amostras biológicas, ambientais e minerais, identificando procedência e período de artefatos arqueológicos.
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